domingo, 2 de outubro de 2011

Em noite de pouco futebol, Palmeiras e América-MG ficam no empate

Duelo expõe as deficiências das duas
equipes. Verdão fica a quatro pontos do G-5, e Coelho continua na
lanterna do Campeonato Brasileiro


       

       


         
          

               

                   
                        Por Marcelo Prado
                   
                   
                   
                        São Paulo
                   

               
               

           

           
           

   


   




       


       

           

Uma semana em silêncio para controlar os problemas internos e pensar
apenas na briga por uma vaga na Taça Libertadores de 2012. Porém, nada
mudou no Palmeiras. Nem a volta de Valdivia e a bola parada de Marcos
Assunção foram capazes de fazer o time voltar a vencer no Campeonato
Brasileiro. Em noite de muitos erros e diante de um América-MG
organizado em campo, o empate por 1 a 1, no estádio do Canindé, foi
justo pelo que as duas equipes mostraram.



A igualdade foi péssima para paulistas e mineiros. Os comandados por
Luiz Felipe Scolari seguem na oitava colocação, com 40 pontos, quatro a
menos do que o Fluminense, que hoje ficaria com a última vaga para o
principal torneio das Américas no ano que vem. Já os dirigidos por
Givanildo Oliveira continuam na lanterna, com 20 pontos, e cada vez mais
perto da Série B.


Os dois times voltarão a campo no próximo fim de semana. O Verdão,
domingo, vai descer a serra para fazer o clássico paulista contra o
Santos, na Vila Belmiro. O América-MG, no sábado, também fará um duelo
regional, contra o Atlético-MG, possivelmente confirmado para a Arena do
Jacaré, em Sete Lagoas.


Equilíbrio no primeiro tempo


O Palmeiras entrou em campo com Valdivia, recuperado de lesão muscular,
como principal novidade. Felipão armou o time no 4-4-2 e, sem Kleber,
machucado, formou o ataque com Maikon Leite e Fernandão. Já o
América-MG, precisando desesperadamente da vitória pela dramática
situação que enfrenta na tabela, entrou no 3-5-2.


Quando a bola rolou, quem começou melhor foi o time mineiro. Com um
jogador a mais no meio-campo, o time tinha liberdade para tocar a bola
e, em dois lances seguidos, Gilson e André Dias exigiram boas defesas de
Deola. O Palmeiras concentrava seu jogo em Valdivia e apostava na
rapidez de Maikon Leite. O problema é que o time errava muitos passes, o
que facilitava a marcação adversária.


valdivia amaral palmeiras x américa-mg (Foto: Agência Estado)Valdivia foi bem marcado pelos jogadores do América-MG na partida deste sábado (Foto: Agência Estado)


Como já virou rotina, quando as coisas não funcionam, Marcos Assunção
aparece para fazer a diferença na bola parada. Aos 14, ele assustou
Neneca em cobrança de falta que acertou o travessão. Quinze minutos
depois, dessa vez em uma falta quase na linha de fundo, pelo lado
esquerdo, ele mandou para a área e Micão, de cabeça, desviou contra o
próprio patrimônio: 1 a 0 e festa da torcida que compareceu em bom
número.


Daí para frente, o jogo caiu muito de rendimento. O Palmeiras seguiu
melhor, mas pouco criou pela falta de categoria de algumas de suas
peças. Gabriel Silva, por exemplo, não acertava um cruzamento. Luan
errava passes, e Valdivia, bem marcado, quando conseguia levar vantagem
era parado na base da falta. Ao 46, no último lance do primeiro tempo,
após cruzamento do lateral Marcos Rocha pela direita, Maurício Ramos
marcou bobeira e Kempes, sozinho na área, bateu no ângulo de Deola: 1 a 1
e vaias para o Verdão na saída para o intervalo.


Jogo fraco no segundo tempo


O América-MG, que havia perdido Dudu lesionado ainda no primeiro tempo,
teve mais uma alteração no intervalo. Givanildo Oliveira sacou o
apagado André Dias para colocar o veterano Fábio Júnior. No primeiro
lance, ele só não marcou de cabeça porque Deola fez um milagre, após
cruzamento da direita de Marcos Rocha.


O Palmeiras, que retornou com a formação inicial, voltou muito mal para
a etapa complementar. Claramente, o gol marcado por Kempes enervou os
jogadores. A torcida ainda tentou fazer a sua parte, gritando e
empurrando o time da arquibancada. Mas dentro de campo as coisas não
funcionavam. Gabriel Silva, em noite horrorosa, cedeu vaga a Gerley aos
12. Dois minutos depois, Deola, com dificuldades, espalmou cobrança de
falta de Amaral.


Tentando dar novo gás ao time, Felipão sacou Fernandão e colocou
Ricardo Bueno no ataque. A equipe estava tão mal em campo que a primeira
chance só foi surgir aos 24 e, claro, com Marcos Assunção, que cobrou
escanteio pela esquerda. Valdivia desviou e Maurício Ramos testou de
cabeça no canto esquerdo de Neneca, que fez um milagre e evitou o gol.
Foi o último lance de emoção da partida. Felipão ainda deu a última
cartada, com Vinícius na vaga de Luan. Nada adiantou. E no fim, após
mais um insucesso, o torcedor palmeirense, que apoiou durante os 90
minutos, perdeu a paciência e reclamou bastante.


O técnico Luiz Felipe Scolari foi a principal vítima. Gritos como "Ei,
Felipão, seu imbecil, pega o seu time e vai para a..." e "Fica, Felipão,
no fim do ano nós vamos para o Japão" ecoaram no Canindé. Jogadores
como Marcos Assunção e Luan também foram "homenageados".

       

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